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Boas Práticas Apícolas

    Quando lidamos com alimentos, é preciso ter uma preocupação maior com o consumidor, para que sua saúde não seja comprometida. Assim, o apicultor deve assegurar a qualidade do mel que será entregue ao entreposto.

    Para que isso seja possível, existem as Boas Práticas Apícolas, que garante que sejam tomados todos os cuidados necessários desde o campo, até a extração e distribuição do mel.

    Assim, se você é um apicultor iniciante, é preciso entender todo o processo do mel e as boas práticas na apicultura.

    Colmeia

    Começando pela colmeia, o Brasil segue as medidas Langstroth para ter uma padronização.

    Se, por algum motivo, seja preciso pintar a colmeia, não o faça em seu interior, pois ele não deve passar por nenhuma interferência química que afete as abelhas e o mel.

    É possível impermeabilizar os ninhos, melgueiras, tampas e fundos com produtos com produtos naturais como parafina de grau alimentar, cera de abelha ou óleos vegetais.

     

    Equipamentos de proteção e utensílios

    Tanto os equipamentos de vestimenta utilizados por quem faz o manejo, como macacão, máscara, botas e luvas, quanto os utensílios apícolas como faca, formão e alicate, devem ser de uso exclusivo para a atividade, serem devidamente higienizados e guardados em local livre de contaminantes.

     

    Material utilizado para queima no fumigador

    O material para queima no fumigador deve ser de origem vegetal e livre de contaminantes, devendo proporcionar fumaça fria, densa e sem cheiro forte.

    É sugerido o uso de serragem, raspa de madeira, gravetos ou cascas de árvores.

    Mas atenção: não se deve fazer uso de esterco ou outros materiais de origem animal, nem de produtos derivados do petróleo, devido ao alto risco de contaminação dos produtos da colméia.

     

    Localização e instalação dos apiários

    É essencial escolher cuidadosamente o local onde o apiário será instalado, pois este é um dos fatores determinantes no sucesso das colmeias e produção do mel.

    Então fique atento aos seguintes pontos:

    • O apiário deve ter uma distância mínima de 400 metros de casas, escolas, estradas e criatório de animais, para garantir a segurança das pessoas e animais, mas também deve ser de fácil acesso para quem for realizar o manejo.
    • Deve-se colocar placas informando a existência do apiário naquele território, indicando perigo de ataque de abelhas.
    • O apiário deve estar distante de lixões, aterros sanitários, lagoas de decantação de resíduos, engenhos e outros ambientes que podem causar risco de contaminação.
    • A flora do local deve ser rica em plantas fornecedoras de néctar e pólen. Instale o apiário o mais próximo possível das floradas, para facilitar o trabalho de coleta de alimentos das abelhas.
    • Se não houver uma fonte natural e limpa de água próxima ao apiário, disponibilize bebedouros artificiais em uma distância de pelo menos 50 metros. No entanto, evite locais muito úmidos e próximos à água parada.
    • Em regiões com relevo pouco acidentado, a distância recomendada entre apiários fixos é de 3.000 metros, podendo esta ser flexibilizada em áreas mais acidentadas e com densa flora apícola.
    • Identifique todas as colmeias, podendo ser por nome ou por número.
    • Em regiões quentes, as colméias devem ser colocadas à sombra, para evitar a ocorrência de altas temperaturas em seu interior.
    • Em regiões de temperaturas amenas ou frias, é recomendado que as colméias recebam sol direto nas primeiras horas do dia, estando protegidas do sol forte na parte da tarde.
    • As colméias devem estar sobre cavaletes individuais, a uma altura de 40 a 50 cm do solo e uma distância uma da outra no mínimo 2 metros. Sua disposição pode ser em círculo, linhas simples ou duplas.

     

    Dica Bônus

    Em áreas de agricultura intensiva, onde se faça uso frequente de agrotóxicos, tenha uma boa interação entre com o agricultor, para que os produtos utilizados e os momentos de aplicações sejam informados, possibilitando o manejo adequado à preservação das abelhas e evitando os riscos de contaminações dos produtos apícolas.

    Tanto o apicultor quanto o agricultor são favorecidos neste caso, pois as abelhas podem coletar seu pólen sem serem prejudicadas e sem prejudicar a qualidade do mel e, ao mesmo tempo, também polinizam a plantação, podendo aumentar a produção.

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